糖心Vlog

Essa 3ª edição foi realizada no Bambu Brasil, na frente de um público de cerca de trinta pessoas. Pierre Silvie, entomologista e pesquisador do IRD, foi o primeiro palestrante. Após apresentar os problemas associados às espécies de pragas no Brasil, ele deu alguns exemplos de formas de controle biológico desenvolvidas e utilizadas no Brasil. Em seguida, apresentou inovações e novas práticas de manejo de pragas, descobertas no Brasil, durante visitas de campo no país e, em particular, durante sua mais recente missão com Thierry Brévaut, no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Ceará e Paraíba, no nordeste do Brasil.

Em seguida, Pedro Togni, professor da Universidade de Brasília (UnB) e coordenador do Laboratório de Ecologia de Insetos (LECOI/UnB), apresentou o papel da biodiversidade no manejo agroecológico de pragas. Por meio da apresentação de vários projetos de pesquisa realizados pelo LECOI, Pedro enfatizou  a importância, na escala da paisagem, da presença de uma rede de vegetação nativa para conservar espécies capazes de combater insetos-praga. Em seguida, na escala de fazenda, ele explicou como o manejo de diferentes parcelas (cultura principal, cultura secundária, pousio, agrofloresta etc.) permite que essas espécies predadoras sejam mantidas na fazenda. Finalmente, ele concluiu na escala do cultivo explicando os efeitos positivos de consórcios de plantas que podem aumentar a presença de predadores ou reduzir a presença de pragas.

O café foi encerrado com um debate entre os palestrantes e o público.

A missão de Pierre Silvie e Thierry Brévault

 Como parte de uma missão para explorar futuras parcerias no Brasil nas áreas de agricultura orgânica e agroecologia, Pierre Silvie e Thierry Brévault se reuniram com professores, pesquisadores, gerentes de desenvolvimento agrícola e produtores das regiões Centro-Oeste (Distrito Federal) e Nordeste (estados de Pernambuco e Paraíba) do Brasil. A missão, que ocorreu de 27 de outubro a 11 de novembro de 2023, incluiu visitas a - ou contatos com - vários centros da EMBRAPA (Cenargen e Cerrados, em Brasília; Algodão, em Campina Grande; Agroindústria tropical, em Fortaleza) e discussões com professores e pesquisadores das Universidades de Brasília (UNB), Recife e Pernambuco (UFRPE, UFPE). Duas fazendas foram visitadas (Faz. Malunga, perto de Brasília, e Faz. Tamandua, depois de Patos-Pb), bem como produtores de assentamentos perto de Brasília e Campina Grande. A missão foi financiada pela Universidade de Montpellier (MUSE EXPLORE) e pelo IRD.